segunda-feira, 10 de junho de 2013

Mamães fiquem de olho: Salto alto na adolescência provoca alteração postural


Sandálias rasteiras, alpargatas e sapatilhas são os acessórios da moda quando o assunto é o que as mulheres estão usando nos pés.
Mas, mesmo com essas tendências em alta, adolescentes do sexo feminino cultivam o hábito de fazer uso do sapato de salto alto, fato que vem ocasionando alterações na postura dessas meninas.
A pesquisadora Anniele Martins Silva, da Universidade Federal de Pernambuco, constatou que o uso precoce e frequente do salto alto está causando problemas nos joelhos e nos tornozelos das adolescentes.
Foram constatadas alterações nos joelhos e nos tornozelos das adolescentes avaliadas.
Mas as principais consequências do uso excessivo do salto alto - alterações na coluna lombar e na pelve - só poderão ser verificadas quando essas adolescentes chegarem à fase adulta.
"Hábitos comportamentais típicos da adolescência, como a forma de sentar e o peso carregado dentro das mochilas escolares, combinados com o processo de crescimento e desenvolvimento musculoesquelético, podem ocasionar alterações de postura que repercutem pelo resto da vida, como escoliose, hiperlordose e hipercifose torácica. Em adolescentes do sexo feminino, esse quadro se agrava ainda mais quando associado ao uso do salto alto", afirma a pesquisadora.
A metodologia empregada pela pesquisadora foi a fotogrametria computadorizada, método que possibilita a análise de mais de 15 ângulos diferentes do corpo.
Foram avaliadas 96 adolescentes - 48 usuárias e 48 não usuárias de calçados de salto alto - com idade entre 11 e 15 anos.
O hábito de usar salto alto na adolescência influencia nas alterações posturais da coluna vertebral e dos membros inferiores, e esse fato já foi comprovado na pesquisa da fisioterapeuta, mas questões como a altura mínima do salto e o tempo de uso que promove o desalinhamento postural ainda estão sendo investigados.
O conselho deixado pela pesquisadora aos responsáveis pelas adolescentes é que eles devem limitar o uso desse tipo de calçado para que o hábito não venha a prejudicá-las.
FONTE: Diário da Saúde

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