quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Vai comprar seu primeiro imóvel e não sabe por onde começar? Veja algumas dicas que irão te ajudar

Foto: Getty Images
Por Pollyana de Moraes

É comum ouvir por aí que colocar um sonho em prática requer muito esforço. Mas, verdade seja dita, às vezes é preciso muito dinheiro também, além de planejamento. É por isso que, a partir deste mês no site do GNT, vamos enriquecer os sonhos com altas doses de realidade. E logo na primeira matéria da websérie "Qual o tamanho do seu sonho?", resolvemos falar do mais popular de todos: o da casa própria. Quer saber como alcançá-lo? Siga as dicas de economistas que entendem do assunto e vire uma expert, antes mesmo de virar proprietária.

  • 1
    Entenda o mercado
    A especulação imobiliária que o Brasil vive hoje, principalmente nas capitais, tem dificultado a vida de quem deseja sair da casa dos pais ou do aluguel. E se por um lado existe a boa notícia da queda dos juros imobiliários, por outro, a inflação só aumenta.

    Parece "economês", mas é preciso ficar bem atento às informações do mercado na hora de correr atrás da casa própria. Até porque o comportamento dele não é homogêneo. Numa cidade, por exemplo, cada bairro pode ter uma tendência diferente. "Recomendamos que as pessoas avaliem primeiro onde querem morar e quanto podem pagar por isso. Conhecer a cidade é fundamental e, às vezes, é preciso abrir mão do sonho de morar em determinado bairro, porque os preços estão proibitivos", explica o economista e professor da FGV, Samy Dana.
  • 2
    Poupe, poupe, poupe!
    Comprar o primeiro imóvel requer planejamento, e muito! Por isso, antes mesmo de visualizar a casa ou o apê prontinho, procure poupar mais do que de costume. "Esse valor das economias vai fazer a diferença na hora de dar entrada no imóvel. A proporção deve ser de, no mínimo, 20% do valor total", explica a professora de economia da PUC-Rio Mônica De Bolle.

    É  importante lembrar também que a maioria dos bancos só aceita financiar 80% do imóvel e, quanto maior o valor da entrada, menores as parcelas a pagar por mês.

    Leia também: saiba como usar o FGTS para a compra do seu imóvel
  • 3
    Liberte seu perfil negociador
    Familiarizado com o mercado e tendo as finanças em dia, é chegada a hora de começar as buscas pelo imóvel. Ao entrar em contato com proprietários ou imobiliárias, é fundamental deixar claro o que está procurando e a expectativa de valores. Outra dica é nunca aceitar de cara os preços anunciados, porque nem sempre eles refletem o valor real do imóvel.

    "Sempre recomendo a quem está comprando pela primeira vez que converse com pessoas independentes das imobiliárias, para entender a região e avaliar se aquele imóvel vale o que está sendo pedido. Outra recomendação é pedir que amigos também entrem em contato com seu corretor para saber se houve diferença de preço de um anúncio para outro", afirma o professor da FGV, Samy Dana.
  • 4
    Escolha o melhor financiamento
    Para quem opta por financiar o imóvel, a parte mais "chata" do processo vem agora: escolher a instituição financeira que oferece mais vantagens e definir o plano de pagamento. "Aqui é preciso pesquisar as melhores oportunidades, as taxas de juros e os prazos", reforça a economista Mônica De Bolle. "A relação que se cria ao financiar um imóvel é quase igual à de um casamento. Ou pode durar até mais", brinca o professor Samy Dana.

    Tão importante quanto fechar o negócio, é garantir que o restante das despesas também estará em dia. "Não se deve comprometer mais do que 30% do orçamento da casa com as parcelas", avisa o especialista.
  • 5
    Considere os 'extras'
    Valor da escritura e possível reforma são apenas duas das despesas "extras" que acompanham a compra do imóvel. Pelo menos, existe uma boa notícia: para o comprador de primeira viagem que faz o financiamento pelo Sistema Financeiro de Habitação (SFH), os cartórios são obrigados por lei a oferecer um desconto de 50%  na escritura, uma norma que pouca gente conhece.

    Em todo caso, despesas extras devem ser sempre consideradas no orçamento. Por isso, gastar toda a renda mensal e ainda fazer mais dívidas, está fora de cogitação. Realizar esse sonho pode não ser fácil, mas vale a pena. "No fim das contas, é um ativo econômico que você tem nas mãos", conclui a professora Mônica De Bolle.

Fonte: GNT

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