terça-feira, 8 de maio de 2012

Mais um Instituto Tecnológico Vale, agora no Pará, tem como autoria do projeto o arquiteto Paulo Mendes


Palafita da tecnologia segue o ritmo das águas
Organização sem fins lucrativos constituída pela Vale, a maior empresa privada da América Latina, o Instituto Tecnológico Vale (ITV) terá sua base paraense implantada a partir de projeto de autoria do arquiteto Paulo Mendes da Rocha (FAU/Mackenzie, 1954) em conjunto com o escritório Piratininga Arquitetos.
Suspensa sobre o rio Guamá, a edificação está sendo construída no Parque de Ciência e Tecnologia Guamá, próximo da Universidade Federal do Pará (UFPA) e da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA).
Em 2009, ao criar o ITV, a Vale informou que o instituto deveria tornar-se polo gerador e difusor de conhecimento tecnológico. Em meados do ano passado, o plano da empresa era implantar três desses centros, em Minas Gerais (dedicado à mineração), São Paulo (orientado para energia) e Pará (voltado ao desenvolvimento sustentável).
Até 2013, segundo a mineradora, seriam investidos 500 milhões de reais nas unidades. No polo de Belém, cuja licença ambiental para a construção foi concedida em novembro de 2011, devem trabalhar até 400 pessoas, cerca de 50 delas pesquisadores com doutorado e pós-doutorado.
O projeto na capital paraense incorpora técnicas associadas à sustentabilidade, como, por exemplo, o reúso de água e a redução do consumo de energia.
Um de seus aspectos mais significativos, porém, resulta da percepção que os autores tiveram do movimento das águas do rio Guamá, à margem do qual o ITV se situa.
As construções ribeirinhas do tipo palafita indicaram aos arquitetos a melhor forma de implantar o conjunto - à assessoria de comunicação da Vale, Mendes da Rocha observou que o projeto submete-se ao fenômeno das águas que sobem e invadem áreas de floresta.
A edificação foi concebida com componentes metálicos. “As estruturas de aço ficarão suspensas, numa construção a seco, e poderão ser transportadas pela estrada já em peças claramente configuradas, industrializadas, sem necessidade de técnicas tradicionais de edificação, envolvendo o consumo de água, pedra e cimento”, discorreu o arquiteto.
O corpo da edificação ficará elevado sobre o Guamá, interferindo minimamente no meio ambiente local, em reconhecimento ao regime hídrico. “Com essa implantação, todo o recinto se transformará em um peculiar museu de preservação ambiental”, previu Mendes da Rocha.
O arquiteto compara a solução estrutural a um convés de navio que, em vez de flutuar na água, fica suspenso no ar.
Além do bloco reservado a pesquisas e estudos - “um edifício longilíneo, com eixo na direção norte-sul”, descreve o arquiteto José Armênio de Brito Cruz (FAU/USP, 1984), responsável pelo projeto no escritório Piratininga, do qual é um dos sócios -, o ITV contará com um prédio de estacionamento, cujos andares mais elevados serão reservados para instalações administrativas da mineradora.
A premissa dos autores foi que a construção tocasse o solo o mínimo possível: são 14 pares de pilares dispostos a cada 20 metros; de lado a lado o vão é de 30 metros, com balanços de dez metros.

Os autores previram um andar técnico para receber as instalações que chegam às áreas de ensino e pesquisa por shafts verticais. A previsão da Vale é inaugurar o ITV em 2014.


Fonte: Arco Web

Um comentário:

  1. Gostaria de saber mais a respeito deste projeto, pois quero morar no jardins e também vender bastante, assim como ficer bem informada; preciso saber mais detalhes e benefícios.

    ResponderExcluir