terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Modificação faz casa em Belo Horizonte ganhar fluidez sem aumentar a área construída

As aberturas em fita também são novas
Transformação dá novos ares a casa com mais de 20 anos
Uma casa com mais de 20 anos de idade foi o ponto de partida do projeto desta residência, desenvolvido por Saul Vilela. Implantada em Belo Horizonte, a construção tinha, segundo o arquiteto, “ares de pagode japonês”. O cliente que encomendou a transformação ao projetista tinha como intenção fazer uma reforma mais simples e vender o imóvel. “Ele comprou por um bom preço e tinha o objetivo inicial de reformar e vender”, conta Vilela.
A transformação proposta pelo arquiteto foi de tal ordem, no entanto, que o proprietário acabou se identificando com a proposta e resolveu morar na casa. “Ele se apaixonou pelo projeto. A coragem dele de reformar completamente o imóvel é que possibilitou uma mudança do espaço”, reforça o arquiteto.

Sem aumentar a área construída, a modificação proposta por Vilela foi total. Do lado externo, foram retirados o telhado - por fora ficou a aparência de laje plana - e todos os ornamentos existentes. Internamente, a casa ganhou fluidez, uma vez que os espaços compartimentados foram abertos. Contudo, a organização do programa - um tanto incomum - foi mantida. Como o terreno é em declive, no piso superior (implantado meio nível acima da cota da rua) ficam a sala de estar e os dormitórios; no pavimento inferior, meio nível abaixo da via pública, ficam os setores de serviços, a garagem, a sala de jantar e a área de lazer.

Dos quatro dormitórios originais sobraram três, sendo que o principal foi ampliado e ganhou uma sala de banho. Uma grande varanda - tipicamente mineira - foi incorporada à sala de estar.

A posição da escada que interliga os dois andares não foi alterada. Contudo, todos os acabamentos desse antigo elemento foram trocados. “Havia um guarda-corpo de madeira horrível”, recorda Vilela.
O volume branco em nada lembra o antigo “pagode japonês”
Na face posterior, a casa evidencia a existência de dois pavimentos
O espelho d’água da piscina foi ampliado em dois metros
No piso inferior, a cozinha foi interligada à sala de jantar e a moradia ganhou um terraço. Segundo o arquiteto, a casa não estabelecia relação com o exterior: “As janelas foram todas trocadas: eram muito pequenas”. Na área externa, a piscina possuía dimensões de 4 x 10 metros. “Para aumentar visualmente o espelho d’água, criei uma espécie de prainha que encostou a piscina na divisa do fundo”, relata Vilela. Assim, ela ficou com 6 x 10 metros de área. No limite posterior do lote, havia um muro alto de alvenaria que impedia a vista panorâmica. O autor trocou-o por fechamento em vidro (que também está presente no gradil frontal), o que permitiu que de todos os ambientes voltados para o fundo se desfrutasse da vista.



O acesso principal se dá pelo piso superior, através de escada
O pavimento inferior fica pouco acima da cota da piscina
Cozinha e área de jantar foram integradas
A sala de estar ocupa o piso superior e a de jantar, o inferior
Apesar dos novos acabamentos, a escada foi mantida no mesmo local
Banheiro do quarto principal, que foi ampliado
Detalhe da circulação dos dormitórios
Apesar dos novos acabamentos, a escada foi mantida no mesmo local



Fonte: Arco Web

Um comentário: