terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Habitado pela arquiteta carioca Alexandra Albuquerque, este quarto-sala no centro de São Paulo tem espaço para tudo

Quando decidiu se mudar do Rio de Janeiro para São Paulo, a arquiteta Alexandra Albuquerque tinha poucas definições sobre o futuro. Uma delas, porém, era certa: morar no copan. Assinado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, o famoso prédio de curvas sinuosas, localizado no centro da cidade, é um dos mais emblemáticos símbolos paulistanos. Pelos 35 andares do condomínio, há mais de mil apartamentos, de diversos tamanhos e plantas, divididos em seis blocos. Pois foi no vigésimo sexto andar que Alexandra, carioca de pais nordestinos, decidiu montar sua casinha. Casinha mesmo: são apenas 28 m², com quarto que também é sala, cozinha e banheiro.

Com a ajuda do amigo e designer de interiores Gabriel Valdivieso, Alexandra criou um espaço que tem muito a dizer. o papel de parede floral, por exemplo, sinaliza ser este um lar de menina. Garimpados em antiquários, os móveis prestam homenagens ao passado. Rendas, fuxicos e a rede de algodão, presa perto da janela, têm sotaque nordestino – os pais da arquiteta, João e Sonia, vieram do interior de Pernambuco. Desafiado a palpitar na decoração deste espaço tão pequeno, Gabriel adotou como ponto de partida o formato retangular do imóvel.“Para darmos unidade visual, a pintura da parede e a cortina foram feitas idênticas: metade amarela, metade branca.” Para Alexandra, tão bom quanto morar no copan é achar espaço, em 28 m², para seus badulaques de a a Z. “Sou muito cacarequenta”, conta, assumidamente, a moça.

Fotos Edu Castello
Na quitinete de Alexandra, não há sofá. Amigos,
quando a visitam, sentam-se na rede, na cama ou na
poltrona de vime. Feitas pela mãe da moradora, as
almofadas de crochê combinam-se com a colcha de renda,
trazida do nordeste. Sobre o papel de parede daTok & Stok,
quadro de Isabelle Tuchband
Fotos Edu Castello
Na falta do criado-mudo tradicional, Alexandra comprou uma
cadeira antiga de madeira e pintou-a com tinta esmalte.
Preso na cabeceira, balangandã de metal. Na parede,
desenho do Pão de açúcar feito pela moradora

Fotos Edu Castello
Cômoda de caviúna comprada em antiquário. Pratos de
porcelana trazidos de viagens enfeitam a parede
Fotos Edu Castello
O carrinho de chá funciona como móvel para a TV e bar.
Repare na cortina e na meia parede: por serem da
mesma cor, o resultado é a unidade visual

fonte: casa e jardim

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